terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tipicidades textuais

Boa tarde, leitores.

Citado anteriormente que a palavra texto tem como significado "entrelaçamento", tanto de palavras como de idéias.

Questões fundamentais foram levantadas para que pudesse se construir um com coesão e coerência.
Coesão nada mais é do que harmonia. Já a coerência é a qualidade de se criar essa harmonia com uma sequência lógica. É como se seu id e superego fizessem as pazes.

- Narduci, o que é id e superego?

Não que seja fundamental explicar esse exemplo para entenderes o contexto, mas vamos lá.

Lembre-se dos desenhos antigos. Os novos acho que não têm mais isso. Quando o personagem ficava em dúvida sobre o que fazer, aparecia um anjinho e um diabinho um em cima de cada ombro. Aqueles eram o id e o superego. Um querendo o bem-estar geral e um querendo o bem-estar próprio.
Apenas ilustrando o exemplo. Tem-se a harmonia e uma qualidade de criar uma logicidade para ela. Fundamental para a construção de um texto.

Para se criar um texto, também há de se pensar em tipos de texto que queres criar.

Hoje, mostrarei e tentarei explicar cada um dos três tipos básicos que há.

A tipificação básica de textos é a seguinte:

* Descritiva.
* Narrativa.
* Dissertativa.


O texto descritivo é aquele em que, detalhadamente, descrevemos determinada pessoa, situação, lugar e/ou objeto.
Ao se fazer essa descrição deve-se atentar aos detalhes que há. Não precisa se limitar a descrever como observas visualmente, mas pode descrever em emoções, aproximando o leitor ao que o queres passar.
O ponto de vista que tens que ter ao se criar um texto descritivo é o de um observador.


O texto narrativo é a modalidade textual que tu irá apresentar uma história, estória, ou fato.
Quando criança, quem nunca ouviu um conto de fadas?
Desde pequenos já estamos habituados com este tipo de texto, portanto, na minha opinião, é o mais fácil de se construir. Lógico, em partes.
O texto narrativo pode ser construído com divisões apenas em parágrafos, sem métrica ou ritmo. Entretanto, para os poetas e poetisas de plantão, o texto narrativo, além de contar uma história obedecendo os pontos póstumos que citarei, tem que obedecer a métrica, ritmo, rimas, e outros aspectos que explico detalhadamente em uma postagem exclusiva à isso.

- Narduci, o senhor disse que iria citar pontos que devem ser obedecidos para contar uma história. Não esquece.

Então, retomando os pontos básicos que devem ser seguidos. Estes são três:

* Narrador.
* Personagem.
* Espaço.


O narrador é quem conta a história, podendo ele participar ou não dela.
Recebe a denominação de "narrador-personagem" quando há participação. Esta modalidade de narração é tida como "narração em primeira pessoa".
Além desta modalidade, há também a "narração em terceira pessoa", que é a história em que o narrador dela não participa. Neste caso, o narrador pode ser interpretado de dois modos:
* Narrador-observador: Não há vínculos nenhum entre narrador e sentimentos ou ações dos personagens. Ele é apenas um observador da história.
* Narrador- onisciente: Diferente do anterior, este passa ao leitor o completo do que há com a história, descrevendo emoções, sentimentos e ações dos personagens.


O personagem é quem ganha vida na história. Não é necessariamente uma pessoa, mas pode ser um animal ou qualquer outro objeto.

O espaço é o lugar (físico) e a época (tempo) em que a história acontece.

Começo, meio e fim.

A estrutura da narração, basicamente dá-se do seguinte modo:

* Apresentação: O narrador informa o espaço em que acontece a história.
* Conflito: Surgimento de uma crise que modifica o personagem. Em modo de pensar e agir.
* Clímax: Tensão na história. Personagens tem de rever suas posições, sentimentos e atitudes.
* Desfecho: Resolução do conflito e clímax. Alteração de planos, ações e/ou sentimentos.


Saindo do texto narrativo e entrando no dissertativo.
O texto dissertativo, hoje, é o mais importante para a vida social.

- Narduci, o que o senhor quer dizer com isso?

Leitor, hoje, para a maioria de seus atos sociais, tem a bendita dissertação para se preocupar. Isso compõe: vestibulares, concursos públicos, entrevista de emprego, etc.

- Nossa, Narduci. E porque tudo isso?

Porque este tipo de texto é o que melhor mostra o conhecimento acerca de diversos assuntos do avaliado (quem escreve). Mas não é uma modalidade textual difícil de se construir. Ela está basicamente voltada à conhecimentos gerais, argumentação e poder de persuasão.
Para se ter vasto conhecimento geral é preciso ler bastante. Já para ter poder de argumentação e persuasão é preciso escrever bastante.


- Tudo bem, Narduci. Mas o que é afinal a dissertação?

A dissertação é o ponto de vista, de quem escreve, sobre determinado tema ou fato.

Estrutura básica de uma dissertação:

* Introdução. - Idéias iniciais.
* Desenvolvimento. - Principal ponto para argumentação.
* Conclusão. - Fechamento. Contendo idéias ou soluções para o assunto.


Encerro minha participação de hoje. Espero que tenham gostado e/ou aproveitado algo. E até a próxima. ((•)) Audio-postagem

domingo, 9 de janeiro de 2011

Primeiro passo

Leitores, boa tarde.

Na postagem anterior, o assunto abordado foi boa leitura.
Abandonando um pouco esse ponto, entro agora mais na parte técnica de como escrever bem.

A primeira coisa a se pensar ao começar a redigir um texto é: o que é "texto"?


Texto é uma palavra de origem latina que tem como significado "entrelaçamento".

O entrelaçamento que queres criar pode ser interpretado desde o entrelaçamento de palavras ao entrelaçamento de idéias.

- Narduci, o senhor não disse que não é certo pensarmos nas palavras isoladamente?

Sim, leitor, eu disse. Mas eu disse em se tratando de leitura. Quando o assunto é escrever, há de se pensar e escolher muito bem cada uma de suas palavras.

Vamos trabalhar o texto como um entrelaçamento de idéias.
A primeira pergunta a se fazer: "Quem será meu leitor?"
Essa pergunta nem sempre há uma resposta certa. Mas podemos pensar em "público alvo".
Quando falamos em público alvo, devemos pensar em questões como: faixa etária, região, classe social, entre outros aspectos que poderão influenciar no tipo de leitura.
A faixa etária do público alvo é fundamental escolher para poder pensar qual a idéia que terá seu texto.
Assim como a faixa etária, também acho interessante saber a região e classe social. O motivo é óbvio: A região pode te mostrar determinados costumes que têm os seus leitores em questão de gírias ou até mesmo de contexto. A classe social quase que pelo mesmo motivo, mas com o intuito de aperfeiçoar a sua idéia e a escolha de palavras.
Infelizmente há de se fazer escolha de palavras diferentes para as diversas classes sociais em nosso país.

Tendo o conhecimento de quem será seu leitor, a próxima pergunta a se fazer é: "Qual a idéia que eu quero passar?"
Esse ponto é totalmente pessoal. O tema é tu quem deve escolher. Entro nesse ponto em uma outra postagem, mas adianto de já: Não tenha medo de ousar no tema.

O entrelaçamento de palavras, como citado na escolha do público alvo, é fundamental para ter certeza de que seu público alvo entenderá sua idéia.
Diversificando para melhor entendimento: Você não deve usar palavras que não são cotidianas com o público infanto-juvenil. A língua portuguesa é ótima por isso. Sempre haverá uma palavra que substitua outra mais difícil. Assim como, tu não deve utilizar palavras vulgares com pessoas de alto nível e/ou doutores, sendo que pode semear em seu texto termos técnicos.

Como eu disse na postagem anterior: "Quanto mais se lê, melhor se lê.", digo agora, quanto mais se escreve, melhor se escreve.

Uma coisa que qualquer escritor percebe é a diferença de qualidade do primeiro trabalho para os posteriores. É normal que não saia tão bom o primeiro ou os primeiros texto(s) que teceres, principalmente em questão como pontuação, mas com treino melhora inexplicavelmente.

Ainda é bem cedo para trabalharmos pontuação, então apenas escrevam sem se preocuparem muito com isso. Embora seja fundamental.


Encerro minha participação de hoje. Espero que tenham gostado e/ou aproveitado algo. E até a próxima. ((•)) Audio-postagem

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ler bem

Leitores, boa noite.

Vos trago hoje o primeiro quesito para escrever bem, que é ler bem.

O filósofo e também escritor Jean-Jacques Rousseau disse certa vez: "O Homem nasce bom. A sociedade o corrompe.".

A analogia da frase nos coloca que, obviamente, o Homem nasce sem malícias para realizar o mal.
Einstein definiu o mal como a ausência do bem, logo, o Homem quando nasce é imparcial às coisas boas ou más, sendo assim considerado como bom.

Além de caráter, podemos aproximar a frase de Rousseau ao que compõe a intelectualidade do Homem quando nasce. Ou seja, nada.

O Homem adquire a intelectualidade de acordo com a sociedade.
Influências em hábitos como leitura são fundamentais para a criação de um bom intelecto. Lógico, outros hábitos também são fundamentais.
A sociedade é tudo o que está ao redor do indivíduo. Não somente pessoas.

Infelizmente, em nosso país, há pouco costume de se ler.
Pergunte à uma criança de oito anos se ela prefere assistir televisão ou ler um livro, e em quase unanimidade, a resposta será a televisão.
A televisão é sim educativa, em partes. Há programações que são excelentes para a formação de um bom cidadão, mas, se o almejado é escrever bem, há de se ler bem primeiro.

- Narduci, eu não li muito na minha infância. Como eu faço para escrever bem?

Leitor, a infância foi só um exemplo de realidade social do nosso país. Se não tens o hábito de ler, procure começar. Leia revistas, jornais, matérias, livros, etc... Qualquer coisa que tu ler, será aproveitado. Mesmo coisas sem conteúdos aparentes serão proveitosos para criar uma facilidade de leitura.

A leitura tem que ser algo prazeroso, sempre. Procure um horário que tu esteja relaxado para ler, e também escolha um tema que te agrade.

Um erro que muita gente comete ao ler, é ler as palavras. Palavras não significam nada, frases sim.
As frases são apenas um aglomerado de palavras, mas se ficares insistindo em ler as palavras separadamente, chegarão ao final da frase sem lembrar como ela começou, e isso faz com que tu volte ao começo da frase perdendo tempo e vontade de ler.

Três pontos básicos para uma boa leitura:

* Concentração.
* Assimilação.
* Interpretação.

Trabalhando cada ponto:


Concentração: Esqueça que você existe fora ao do tema já escolhido. Diga a si mesmo que você imersará em um mundo onde aquele livro, revista, etc... te levará.
Importante para ter uma boa concentração é tê-la sabendo que nada irá te atrapalhar. É como se fosse fazer uma meditação. Questão como iluminação, postura e com ambiente também são fundamentais.
Iluminação, sempre boa, nem de menos, nem de mais para não cansar a vista.
Postura. Pode até ser que a mais confortável possível é a melhor para se ler, mas nem sempre é, e nem digo por questões fisioterápicas, mas por relaxamento. Muitas vezes o leitor acaba relaxando de mais e perdendo o foco. Fique em uma posição que te mantenha sempre atento e confortável ao mesmo tempo.
O ambiente pode ser qualquer um. Mas dou preferência aos imóveis. Muita gente gosta de ler no ônibus. Além de fazer mal à vista, perde-se muito fácil o foco com o chacoalhar do veículo ou as distrações cotidianas.

- Narduci, eu gosto de ler ouvindo música, pode?

Eu, particularmente, consigo ler bem com ou sem música. Mas é uma questão não só de gosto, mas sim de concentração. Um neurologista diria que há pessoas que são capazes de se focar em uma das coisas sem perder a essência, já há pessoas que não conseguiriam se concentrar na leitura por causa do barulho.
Se tu consegue se concentrar única e exclusivamente na leitura, que é o foco principal, ótimo. Leia com música. Caso contrário, não acho conveniente.


Assimilação: Com base nos conceitos apresentados no ponto de concentração, a assimilação chega a ser concomitante.
Com uma boa concentração e leitura do texto, assimila-se as frases entre si para o formar.
Quem busca da leitura de algo para fazer um resumo, nesse campo é importante que se destaque as principais frases para descartar o menos importante, fazendo disso um resumo do texto.


Interpretação: aqui é o ponto que se tem o sentido total do texto.

É tudo parecido? Sim, tudo se relaciona. Desde o momento que tu escolhe um horário para começar a ler, até onde tu o lê e discerne o conteúdo.

Lembrem-se: Quanto mais se lê, melhor se lê!


** Dica de hoje: se não sabes o que começar ler, vá à uma livraria e peça indicação de um livro, de acordo com teu perfil, a um dos funcionários. E boa leitura. **


Encerro minha participação de hoje. Espero que tenham gostado e/ou aproveitado algo. E até a próxima. ((•)) Audio-postagem

Introdução

A primeira postagem será bem light, e por dois óbvios motivos:

Primeiro: Já é mais que duas horas da manhã. Eu trabalhei o dia todo. Fiquei arrumando essa bodega, e nem bonita ficou. E estou sem meios racionais para criar uma primeira dica aos novos, ou até quem sabe, velhos escritores.

Segundo: Não me lembro o que ia escrever aqui.

Com muito sacrifício consegui criar um pequeno texto - dizem textículo, mas eu acho uma palavra feia - para deixar como introdução, e minha criatividade se limitou àquilo. Então imaginem como seria uma postagem que iria requerer algo pouco mais elaborado, com um assunto mais complicado.
Se tu imaginou uma bosta, parabéns. Imaginou o mesmo que eu.
Acho que tinha até algo a ver com a falta de criatividade o segundo motivo pelo qual não iria me estender muito aqui. Acho.

Relendo essa postagem para achar erros, notei alguns vícios que podem ser muito comuns, mas em horas oportunas, bem utilizados. Tais como o uso de palavra estrangeira (vide primeira linha) e o uso de palavra vulgar (vide bosta). Não há problema nenhum em colocá-las em seu texto para enfeitá-los - não que bosta enfeite algo - Só devemos transparecer bem a idéia que queremos passar. O leitor não está na cabeça de um escritor, e para que seja bem interpretado, o escritor deve se atentar principalmente às palavras que escolhe para o texto. Em uma outra postagem volto no tema, que é um tanto maior ao que minha cabeça me permite transpor agora.

Como fechamento ao tema de 'transparência' de idéias, faço citação à um trecho dito por Luiz Fernando Veríssimo, que eu não achei ninguém que conseguiu explicar, com tanta perfeição e poucas palavras, como ele.

"Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: "escrever claro" não é certo, mas é claro, certo?" - Luiz Fernando Veríssimo.

Encerro minha breve participação de hoje. Espero que tenham gostado e/ou aproveitado algo. E até a próxima. ((•)) Audio-postagem